segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Texto para meu inconsciente

Olá, meu outro eu.
Ou seria melhor dizer meu eu inteiro
Que só eu conheço
E não mostro pra mais ninguém?
Meu pássaro negro
Que não deixo em uma gaiola
Mas em um jardim
Meu campos elíseos
Onde está livre para voar o quanto quiser.
Por que chora tanto, pequeno pássaro?
Seu grito; tão alto que ressoa em minha cabeça
Por favor, pare, isso dói.
E não há algodão que me faça ensurdecer.
Por favor, pare.
Não quero que deixe de cantar, mas pare de gritar.
Não quero usar fumaça
Ou álcool
Para te matar
Não quero te machucar,
Então não me machuque.
Eu sei como é difícil
Estar sozinho
E passar o resto de seus dias ouvindo apenas a sua voz.
Mas lembre-se,
Podemos conversar entre nós mesmos.
Você terá a minha voz
E eu terei a sua
E não precisaremos de mais ninguém.
Não precisaremos de outras vozes
Ou outros cantos
Poderemos viver eternamente nesse jardim
Aguardando essa chuva cessar.

Meu amado pássaro negro
Vamos criar um muro
Porque não precisamos de mais nada
É melhor não conhecer outros rostos
Do que vê-los partir.



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