segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Monstros

Autor convidado: Gabriel Almeida

Amor desde sempre impossível
Impossibilitado por mim mesmo
Em minhas falhas e mentiras
Argumentados em reações claras
A minha própria monstruosidade
Mas sempre amenizada nas concepções
Errôneas e inseguras das pessoas que me amavam.
Sozinho deveria ser, e minhas atrocidades
Serem somente feitas à mim e não mais
Às pessoas que amo.

O perdão não pode ser dado à criaturas desumanas
Não é vitimismo, nem uma carta de despedida
Somente um desabafo do que sinto dentro de mim.
Calado de pessoas sorridentes, meu rosto agora
Pálido, gélido e marcado pelo inverno que enfrento:
Almejo pela primavera e pela flor que poderá
Prevalecer da semente cultivada agora
Porém já podada por planos e ideias
Invadida por gritos e sentimentos
Munida de fantasmas e incertezas.

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